Prevenção é a chave para a saúde do rebanho
Na suinocultura moderna, a frase “prevenir é melhor do que remediar” se aplica com força. A vacinação é uma das principais ferramentas para proteger os suínos contra doenças bacterianas, virais e suas toxinas, sendo essencial para manter o desempenho produtivo.
Segundo a médica-veterinária Bruna Zuffo, da Auster Nutrição Animal, o sucesso do programa vacinal começa antes mesmo da aplicação da vacina. Diagnósticos precisos, com coletas e análises laboratoriais, permitem identificar as principais doenças e definir as vacinas adequadas para cada fase da produção.
Tipos de vacinas e formas de aplicação
O mercado oferece diversas opções de imunizantes:
- Vacinas comerciais ou autógenas (específicas para cada granja)
- Dose única ou múltiplas aplicações
Diferentes vias de administração: intramuscular, intradérmica (sem agulha) ou oral
“Independentemente da vacina escolhida, seguir boas práticas é determinante para garantir a eficácia do programa”, ressalta Bruna.
Conservação correta garante eficácia
Um dos erros mais comuns é falha na conservação da vacina. A temperatura ideal deve ser 2°C a 8°C, evitando tanto congelamento quanto superaquecimento, que podem desnaturar os adjuvantes do imunizante.
As vacinas devem ser armazenadas em conservadoras específicas, nunca em geladeiras comuns ou junto a alimentos. Além disso, superlotação e armazenamento nas portas dos refrigeradores devem ser evitados.
Organização do manejo vacinal
Para garantir eficiência, é fundamental organizar o manejo vacinal:
- Definição de lotes e datas de aplicação
- Contar com um vacinador exclusivo e treinado
- Atenção a EPIs, técnicas de contenção, volume de dose, troca de agulhas e temperatura da vacina no momento da aplicação
“A aplicação correta, sem refluxos, garante melhor resposta imune, especialmente em leitões”, explica Bruna Zuffo.
Estado de saúde dos animais e manutenção dos equipamentos
Vacinar animais doentes compromete a imunidade. Além disso, higienização das aplicadoras, troca de borrachas de vedação e lubrificação com óleos específicos são passos essenciais.
Manter registros detalhados de todos os animais vacinados garante rastreabilidade e controle sanitário.
Monitoria constante e resultados do programa vacinal
A utilização de check-lists ajuda a identificar falhas e oportunidades de melhoria. Programas vacinais bem conduzidos:
- Reduzem a mortalidade
- Diminuem o uso de antibióticos
- Melhoram os índices zootécnicos
- Promovem o bem-estar animal
“A vacinação correta é investimento direto em eficiência e saúde do plantel”, conclui Bruna Zuffo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio