Safra de trigo em São Paulo deve superar 400 mil toneladas em 2025, com qualidade elevada, aponta Câmara Setorial

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A Câmara Setorial do Trigo de São Paulo divulgou projeções otimistas para a safra de 2025, estimando uma colheita próxima de 400 mil toneladas, acima das 350 mil indicadas inicialmente. O resultado reflete não apenas o aumento do volume, mas também a qualidade superior do trigo produzido no estado, considerada uma das melhores dos últimos anos.

O presidente da Câmara, Nelson Montagna, destacou o desempenho das áreas de sequeiro e ressaltou o papel do clima favorável ao longo da temporada: “Nossa previsão inicial era menor, mas o clima excelente contribuiu para consolidar resultados muito positivos, com produtividade elevada e qualidade superior à média histórica”, afirmou.

Tecnologia e clima impulsionam desempenho

O presidente do Sindustrigo, Max Piermartiri, reforçou a importância da combinação entre avanços genéticos das cultivares e condições climáticas favoráveis. Segundo ele, essa convergência resultou em produtividade elevada e qualidade acima da média nas lavouras paulistas.

Piermartiri também destacou o papel estratégico de São Paulo na cadeia do trigo: “O estado possui uma cadeia sólida que integra produção, suprimentos, moagem, transformação em farinha e alimentos, com alto nível de organização e profissionalização. Poucos lugares no mundo reúnem produção e consumo de forma tão próxima, o que representa uma grande vantagem competitiva”.

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Cenário nacional e global do trigo

No âmbito internacional, o mercado de trigo apresenta sinais de recuperação, com produção global projetada em 816 milhões de toneladas em 2025, especialmente na Europa. No Brasil, no entanto, a produção segue limitada, principalmente devido à redução da área plantada, conforme explicou Douglas Araújo, representante da CJ Internacional.

“O Brasil poderia produzir muito mais trigo, especialmente nas safras de inverno, e regiões como o Cerrado oferecem grande potencial com técnicas avançadas, como o trigo por sobressemeadura em lavouras de milho”, detalhou Araújo, ressaltando ciclos rápidos de plantio e altos rendimentos.

Apesar do volume expressivo do Rio Grande do Sul, o país continua dependente de importações para atender à demanda interna, principalmente em São Paulo. A necessidade anual regional é de cerca de 3 milhões de toneladas, enquanto a moagem local atinge aproximadamente 1,8 milhão de toneladas, e a produção paulista deve somar 400 mil toneladas. O especialista também destacou a importância da logística, apontando o Porto de São Sebastião como rota estratégica para garantir o abastecimento.

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Rastreabilidade e valorização do trigo paulista

Durante a reunião, a Câmara Setorial apresentou os resultados da pesquisa “Tracking – Origem do Trigo de Associados”, agora em seu terceiro ano. O levantamento mapeia o volume de trigo adquirido dentro do estado pelos associados do Sindustrigo e avalia a percepção de qualidade em comparação ao trigo importado da Argentina.

A iniciativa reforça o compromisso da entidade com a rastreabilidade, valorização da produção regional e o aperfeiçoamento contínuo da cadeia do trigo em São Paulo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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