Safra 2025/26 do arroz começa com atrasos e preços em queda no Brasil

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O mercado de arroz brasileiro inicia a safra 2025/26 em um cenário desafiador. No Sul do país, as chuvas intensas têm atrasado o plantio, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, dificultando a entrada de máquinas nas lavouras. Além do clima, a baixa rentabilidade e o excesso de oferta interna têm levado produtores a migrarem para culturas mais atrativas, como a soja, segundo o relatório Agro Mensal, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA.

Preços seguem trajetória de queda e pressão no mercado físico

Os preços do arroz fecharam setembro em média de R$ 63,56 por saca de 50 kg, uma redução de 7,1% em relação a agosto. Nos primeiros dez dias de outubro, o cereal chegou a romper o piso de R$ 60/sc, sendo negociado a R$ 59,24/sc.

O início do plantio da nova safra aumentou a oferta no mercado, pois produtores buscaram recursos para aquisição de insumos, pressionando ainda mais os preços. Por outro lado, a demanda industrial segue limitada, refletindo margens apertadas e menor apetite comprador.

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Exportações não compensam excesso de oferta

As expectativas de exportações para aliviar o excesso de arroz não se concretizaram. Em setembro, os embarques caíram 55% em relação a agosto, afetados por preços pouco competitivos e pela concorrência com a janela de exportação dos Estados Unidos.

No mesmo período, as importações superaram os embarques, resultando em balança comercial negativa: foram importadas 95 mil toneladas, enquanto as exportações somaram 68,5 mil toneladas.

Área plantada deve reduzir 5,6% em 2025/26

A Conab projeta uma redução de 5,6% na área plantada de arroz para a safra 2025/26, o que deve gerar uma queda aproximada de 10% na produção frente à temporada anterior. Essa retração busca equilibrar oferta e demanda, já que o consumo interno permanece estável.

Apesar da menor produção estimada, os estoques finais da safra atual ainda indicam conforto no balanço de oferta e demanda. Para que os preços se recuperem, será necessário um aumento expressivo nas vendas externas, com previsão de exportações em 2,1 milhões de toneladas, alta de 31% em relação à safra atual.

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Pressão internacional mantém preços baixos

No mercado global, os preços do arroz continuam pressionados. Nos Estados Unidos, houve queda de 7% em setembro e nova retração de 5% nos primeiros dias de outubro, mesmo com redução estimada na produção, pois os estoques compensam parcialmente.

Na Ásia, a safra indiana tende a ser recorde, com condições climáticas favoráveis, reforçando a liquidez global e aumentando a pressão sobre os preços do arroz no mundo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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