A Camil Alimentos projeta uma recuperação significativa na rentabilidade do segmento de açúcar ao longo do próximo trimestre. Segundo o diretor-presidente da companhia, Luciano Quartiero, a queda nos preços internacionais tem favorecido a competitividade do produto e impulsionado o desempenho financeiro da empresa.
“Nos últimos dois meses, estamos em processo de recuperação da rentabilidade. A expectativa é voltar ao nível histórico ao longo do próximo trimestre, após quatro anos de pressão de custos”, destacou Quartiero, em teleconferência com investidores realizada na última sexta-feira (10). O encontro apresentou os resultados financeiros referentes ao segundo trimestre do ano fiscal de 2025, encerrado em agosto.
A multinacional brasileira atua em diversos segmentos, incluindo arroz, feijão, café, açúcar, massas, pescados e biscoitos.
Perspectivas positivas para o açúcar em 2026
De acordo com Quartiero, o cenário para o açúcar no próximo ano tende a ser otimista, sem grandes variações esperadas nos preços internacionais. “O cenário para 2026 está bem mais favorável em comparação com o que vimos nos últimos quatro anos, quando a rentabilidade foi impactada”, afirmou o executivo.
O dirigente também mencionou que o abastecimento de açúcar está em processo de normalização, após ajustes relacionados ao fornecimento da nova refinaria da Raízen. “No último trimestre, o impacto já foi menor. A expectativa é de normalização completa nos próximos dois trimestres, retornando aos patamares históricos”, explicou.
Vendas de café devem ultrapassar R$ 1 bilhão em 2025
A Camil também mantém projeções otimistas para o segmento de café. A expectativa da empresa é alcançar R$ 1 bilhão em vendas no ano fiscal de 2025, que se encerra em fevereiro de 2026.
“O volume cresce mês a mês, e devemos chegar provavelmente acima de R$ 1 bilhão em vendas neste ano, considerando os preços atuais e o bom desempenho comercial. Há alguns meses, observamos boa rentabilidade e estamos focados na execução das vendas”, declarou Quartiero.
Estratégia diante da volatilidade do mercado internacional
O diretor-presidente destacou ainda que a empresa tem conseguido administrar bem as oscilações do mercado internacional, especialmente após a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre o café. “O mercado ficou mais volátil diante deste cenário, mas soubemos operar bem, principalmente no abastecimento”, afirmou.
O bom desempenho nas vendas de café, segundo o executivo, tem compensado o resultado mais fraco do segmento de arroz. “Operamos com foco no mercado doméstico, mas a existência ou não da tarifa interfere diretamente na oscilação de preços. Esperamos que a questão seja resolvida ainda neste ano”, completou Quartiero.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio